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Um dia recebi uma mensagem provocante !

Um dia recebi uma mensagem provocante…espero por ti na minha garagem com o meu vestido preto e sem nada por baixo! O sangue aqueceu-me o corpo e tive vontade de saltar e largar tudo e correr para a garagem mas ao mesmo tempo a razão dizia-me para não o fazer, a sensualidade era perigosa e escorregava nos meus pés como um caudal de água na estrada quando conduzimos. A virilidade e orgulho fez-me dizer que lá estaria pronto a conhecer uma parede cinzenta no meio da cidade que se alegrasse diante do vestido preto, mas conscientemente continuava a pensar que não devia entrar no labirinto.
Embriagado de decisões meti-me no carro e em gps de olhos fechados à razão segui a rota da vontade e do desconhecido.
Perto do local avistei uma mulher, alta, de vestido preto, cabelos compridos e casaco verde esperança que tapava o rubor dos seios que queriam sair do vestido.
Sorriu para mim, fiquei nervoso mas ao mesmo tempo excitado. O seu sorriso era acolhedor e tranquilo. Entrou no carro, cheirosa e elegante. Conversamos como se sempre nos tivéssemos conhecido mas foi naquele instante que os nossos olhos se encontraram frente a frente pela primeira vez.
Fomos para o local combinado. Em frente à parede cinzenta as palavras caíram com os minutos do tempo, enquanto o nosso passado se misturava com sorrisos, olhares e pensamentos. A inibição e alguma vergonha faziam a pele manter-se lado a lado sem se tocar. No seguimento das palavras as mãos encontraram-se e com ternura deslizaram dos braços até aos dedos. Atrás das mãos veio o corpo todo. De repente a febre subiu e esqueci as palavras, o passado e vivi a pele intensamente. As bocas encontraram-se desenfreadas e demos beijos ardentes de desejo. As minhas mãos começaram a percorrer o seu corpo. Era robusta e envolvente, toda a sensualidade das suas curvas enchia as minhas mãos desejosas e febris. Emaranhei-me nos seus cabelos ondulados e senti o seu cheiro, já se misturavam odores dentro do carro: o perfume de classe e o desejo de fêmea. O vestido preto sem nada por baixo já deixava ver o seu peito. Agarrei-o com se fosse cair, com força apertei-o nas minhas mãos e beijei-o com intensidade. Era bonito o seu corpo, vi as pernas e enquanto a beijava sentia-a quente. Ela começou a deslizar pelo meu corpo, a sua pele na minha duplicou a febre de a possuir. Fui tirando a roupa enquanto ela me explorava o corpo como se estudasse um mapa de encontro à ilha do tesouro. Excitava-me a cada toque seu, a cada beijo…Levantei-lhe o vestido e ao avistar tudo a nu, agarrei-lhe a anca e enterrei-me no nosso desejo. O meu corpo vibrou no contacto e embaciamos o carro de prazer. Não conseguíamos parar, o ar começava a escassear no carro, o suor pingava sobre nós e não parávamos. Na loucura da sofreguidão passamos o índice do kama sutra em pouco tempo. Respirávamos suor, cansaço e beijos de ternura que nos levavam a mais prazer. Só paramos quando o corpo não aguentou mais o desejo.
Estávamos molhados como se estivéssemos a sair do mar, mas o azul era um carro na garagem e a imensidão foi o prazer indescritível que senti nesse momento.
Ela voltou a sorrir para mim, limpou-me o suor das costas com o vestido preto. Beijamo-nos como se fossemos namorados apaixonados e liguei de novo o gps.
Desta vez era para regressar a casa, à realidade, à minha vida da qual não fazem parte mensagens de dualidade.
Arranquei e ainda hoje penso que aquela mensagem veio de um sorriso que entrou apenas num sonho comigo.

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